quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Apresentação: Mika + Conto: Desfibrilador

Olá humanos ou não humanos!
Eu sou o Mika, um novo escritor do LN(Ficou bonitinha a sigla, né?) e amigo do Saga! =) Pois é, ele me convidou para postar aqui pois ambos somos escritores. E ele parece gostar de minhas histórias! Fico feliz por ter a honra de poder postar no blog dele. Pode parecer exagero, mas é verdade! Vamos acabar com o puxa-saquismo e passar para minha apresentação de fato.

Meu nome é Micael, mas todos me chamam de Mika, até quem não sabe que todos me chamam de "Mika" mesmo! E antes que perguntem, não, não é nome de Mulher! Pois é, eu gosto de muitas coisas e desgosto de várias outras. Com o tempo vocês vão descobrir, ou não se não quiserem. Pois é, eu, diferente do saga, JÁ PASSEI NA FACUL! Eu faço o curso de comunicaconhação, ainda estou no primeiro semestre, mas dane-se, estou dentro da Federal!

Não sou muito bom com apresentações, então, para vocês me conhecerem melhor vocês tem duas opções, podem fazer só uma, ou as duas(Não fazer nada não é opção! ò.ó). Vocês podem visitar o MEU blog (O link virá no final do post) ou podem ler meus textos que publicarei aqui. Começando com um que fiz quando estava um pouco...mal. =D Espero que vocês gostem, e ignorem um pouco os erros de ortografia e caligrafia, como eu disse, eu estava mal quando escrevi.


Desfibrilador
Autor: Micael Culpi Garcia
Classificação: 16+
Gênero: Romance

“Tudo bem mesmo?” era uma pergunta que Sandro escutava sempre. Claro que a resposta era afirmativa, não queria demonstrar que sua vida estava um interminável tédio, que seu coração parecia mais perdido do que formigas depois de uma chuva. Já tinha quase um ano que seu relacionamento com Amanda havia terminado, eles ficaram pouco menos de dois anos juntos, mas sempre foram muito unidos. Não era esse o problema, já havia passado tempo suficiente para superar.

Ele sabia qual o problema. Tinha plena certeza do que o afligia. Porem aquilo estava o afetando cada vez mais, seu coração perdido, seu corpo desmotivado, cansado. Era um final de semana quando Sandro percebeu o quão critica sua situação estava.

Sábado quase meio dia ele encontrou seus amigos na porta do colégio após a prova. Estava feliz, queria fazer algo do final no final de semana, já que de segunda a sexta foram péssimos dias.

- Sim, pessoal. Vamos sair hoje à tarde? Tem sol e eu moro perto da praia!

A priori todos gostaram da idéia, mas segundos depois o casal do grupo manifestou-se, com uma cara de lamentação. Sandro já sabia o que eles iam falar, mas mesmo assim não interferiu, seus outros amigos ainda pensavam sobre a possibilidade.

- Desculpa, drinho. Eu e a Lili vamos no cinema e jantar fora. É nosso aniversário de um ano de namoro.

- É mesmo, parabéns para vocês! – O sorriso foi difícil de sair, eles eram uma grande companhia sempre, era difícil sair sem eles. Porem suas esperanças não haviam acabado. – E vocês?!

- Desculpa Sandro, eu vou me encontrar com a Mari hoje.

- E eu já tinha combinado de ir para casa da Aline.

Todos já tinham alguém que gostavam, e é obvio que passariam um final de semana bonito com aqueles quem diziam ser especiais. Por mais que alguns destes nunca consigam nada, e outros tenham uma relação estranha, todos passariam o dia ensolarado de sábado com suas paixões, namorados ou até mesmo amores platônicos. Sandro não tinha nenhum desses.

Foi a primeira vez que ele não conseguiu esconder que estava mal, foi a primeira vez que ele realmente percebeu que estava fodido. A tarde que prometia alguma coisa rebaixou-se a beber uma lata de cerveja, sozinho, enquanto subia a ladeira para sua casa, também sozinho.

Ele não sentiu solidão, sentiu algo pior, algo muito mais perturbador do que se sentir sozinho. Sentiu-se com o coração morto, pisado, “infuncional”. Ficou o dia inteiro no computador sem fazer absolutamente nada de útil. Por mais que ele quisesse fazer algo seu corpo recusava.

Seus pais já haviam se acostumado com a cena do filho na frente do computador com cara de tédio. Não perguntavam mais se ele estava bem, pois sabiam que mentiria para tentar não os preocupar. Por mais que estivesse entediado, cansado, desmotivado, só conseguiu dormir depois da meia noite.

Amanheceu um pouco melhor, ainda se sentia mal, mas já estava conseguindo se passar por normal. Comeu pouco como sempre faz no café da manhã, tomou um bom banho quente, e já se sentindo mais vivo foi para o computador. Assim que abriu o MSN deparou-se com uma mensagem “Na outback às 14” de um de seus amigos, aquilo tirou um sorriso de seus lábios.

Perto da hora de ir para o restaurante, Sandro começou a se arrumar. Saiu às pressas, chegou dez minutos atrasado, mas ainda sim foi o segundo no local. Sua amiga, Lili, estava lá. Sentou-se na mesa e começou a conversar, perguntar como havia sido o dia anterior.

- Foi legal, nós fomos para minha casa depois do jantar e finalmente conseguimos! – A garota parecia um pouco empolgada, era a primeira vez dos dois. – Foi tão repentino, espontâneo e ... Excitante.

- Que bom! Eu estava torcendo por vocês, apesar de achar que enrolaram para caramba para fazer isso. – Ele tentava colocar ânimo na voz, mas cada vez ela parecia mais e mais fraca.

- Ah é, Igor e Aline também vem, e se não me engano o Seiji e a Mari vão se encontrar aqui.

“Que ótimo, além de você e seu namorado, ainda tenho que segurar mais duas velas.” Pensava o rapaz enquanto segurava seu arrependimento por ter ido, seu ódio por não ter coragem de levantar e ir embora e seu choro de desespero. Sandro respirou fundo, um sinal típico de que a noticia não o agradou, mas a garota continuou falando.

- E é por isso que eu chamei mais duas amigas, Aline também convidou uma vizinha dela para apresentar para nós.

Aquela noticia sim foi agradável, seu arrependimento diminuiu bastante, seu ódio passou e quase uma lágrima de emoção e agradecimento cai de seu olho, por pouco não começou a acreditar em Deus. Não demorou muito para os outros começarem a chegar. Igor, Seiji, Mari, as duas amigas da Lili e o Eric, namorado da Lili.

As duas amigas da garota não chamaram nenhum pouco a atenção de Sandro, o arrependimento aos poucos voltava a atacá-lo. Pediram as bebidas e as entradas, o rapaz já estava impaciente para voltar para casa. Dava para notar a perturbação no garoto, seus sinais de insatisfação estavam involuntários. Porem um suave beijo em sua bochecha tira um pouco sua atenção, surpreendendo-o.

- Oi, Sandro! – Aline dizia com um sorriso simpático no rosto, jogando suas madeixas, que pareciam um mar ondulado de ouro, para trás. Repetiu o que fez nele com todos os outros da mesa. Uma garota a seguia. Estava bem vestida, mas Sandro não reparou muito nas vestimentas, além de uma olhada estratégia em algumas áreas o rapaz teve a atenção puxada pelo rosto fino da menina e os cabelos escuros e levemente cacheados. – Ah, essa é Flávia, minha vizinha.

A garota sorriu e acenou para todos. – Oi – Foi a única coisa que disse. A inquietação de Sandro foi parando aos poucos. Um sorriso discreto começou a curvar-se em seus lábios. Ele foi o primeiro a levantar.

- Meu nome é Sandro, é uma honra conhecê-la. – O rapaz pegou a mão da garota com delicadeza e encostou os lábios gentilmente, era um ato um pouco antigo e estranho, mas ele sempre fazia isso com todas as garotas. Flávia ficou um tempo sem reação, porem logo abriu um sorriso, sem graça ou não, lindo.  Foi olhando aquela boca arqueada que Sandro percebeu que o seu coração podia ser desfibrilado com um pouco de esforço.

FIM

É isso galerinha do barulho que adora aventuras iradas e muitas confusões[#narradordatelaquentefeelings] Se vocês leram até o final, obrigado! (l) De coração! Este é o link do meu blog, se quiserem acessem, eu ficarei bastante feliz! E não sejam tímidos para dizer o que acharam de mim ou do texto, mesmo que seja só para me xingar!
o/ Sayonara!


~~~~~~~~~~~~~~~~ Invasão do Titio Saga ~~~~~~~~~~~~~~~~
Pois é, eu tenho um contribuidor pro blog agora =D ou seja, um escravo para postar para mim pois eu sou preguiçoso e não vou postar PN =D e antes que venham perguntar, não somos um casal gay, só nos pegamos de vez em quando, tá? Coisas sérias Brincadeiras a parte, recomendo fortemente o blog dele, ele é um bom escritor, apesar dos erros de ortografia péssimos que não conseguimos ignorar, mas não deixem de visitar o meu Ò.ó vocês são MEUS fãs e de mais ninguém... MUAHAHAHAHAHAHA

domingo, 15 de agosto de 2010

Distância - Por: Saga

Não suportava mais esperar, já estava esperando há meses por aquele dia, estava precisando muito daquilo, não sabia há quanto tempo conversava com ela apenas pela internet. Ainda se lembrava perfeitamente quando começara a conversar com ela, apesar do tempo que fazia desde aquele dia, em que seus amigos resolveram conhecer melhor esta garota e ele, por acaso, resolveu conhecer-la melhor também.

                Começou como uma conversar qualquer, igual a todas as outras que tinha com pessoas que acabara de conhecer, ele ficava sem assunto toda hora, ela não parecia se esforçar muito para mudar esta situação, mas, do nada, como uma chuva naqueles dias de verão ensolarados sem nenhuma nuvem, alguma coisa chamara a sua atenção, algo que ela havia dito, uma das únicas coisas que não se lembrava daquela noite era o que havia lido, mas depois daquilo, a conversa começou a fluir de uma forma tão mágica e incomum para ele, como se eles se conhecessem há muito tempo e fossem grandes amigos, não conseguia e nem queria esconder nada, apenas falava sem se importar com o que ela pensaria, confiava nela até demais naquele momento. Mas só se “viam” na internet mesmo.

                Mas naquele dia mesmo, sentiu que ela se tornaria uma grande amiga para ele, ficou até surpreso quando notou que o nível da amizade deles estava muito maior do que esperava, a ponto de beirar um amor, já tinha se questionado sobre esta possibilidade, mas nada disto importava agora, ele queria ver-la o mais rápido possível e isto aconteceria em breve.

                Seu coração batia muito rápido, já não conseguia pensar direito, suas mãos estavam começando a suar, coisa anormal para ele, mas estava muito nervoso... O que ela pensaria? O que sentiria? Sentia vontade de abraçar-la, poderia? Ela havia dito que podia fazer isso se desejasse. Queria sentir o perfume dela, isso era estranho? Será que era tão bom quanto imaginava? A pele dela seria macia e delicada como era em seus sonhos? Estava pensando muitas coisas ao mesmo tempo, muitas perguntas que se fazia naquele momento de nervosismo, mais nervoso do que esteve quando se declarou para sua primeira namorada, pensou em virar e ir embora para casa, mas ele se arrependeria para sempre, e já era tarde demais. Ali estava ela, caminhando, de forma tão confiante como se não estivesse sentindo nem metade do que ele sentia, mas imaginava que ela passava por uma boa parte daquilo por dentro. Aquele era O momento tão esperado pelos dois.

                Respirou fundo e começou a caminhar em direção a ela, não sabia se estava andando lento demais ou se o tempo estava passando de forma diferente para ele, mas aquele caminhar pareceu durar séculos para ele. Quanto mais perto chegava dela, mais aqueles sentimentos e aquelas perguntas sumiam, mas só um pensamento permaneceu na cabeça dele quando já estava prestes a cumprimentar-la: podia morrer ali que morreria feliz.

 - Oi...
 - Oi...

                Sorriram sem graça e se abraçaram.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Porta - Por: Saga

        Estava fora de casa fazia quase três meses, tinha fugido durante um tempo, estava necessitando daquilo, sumir do mundo sem deixar nenhum rastro. Andava muito estressado, a ponto de enlouquecer, tinha tanta coisa acontecendo na sua vida, já tinha perdido o ritmo que as coisas estavam andando. Teve que deixar algumas coisas pra trás, mas a única que verdadeiramente tinha deixado pra trás e se importava com isso era uma pessoa: sua melhor amiga.

        Em toda sua vida, nunca conseguiu esconder nada dela, e, obviamente, ela era a única pessoa que sabia dos planos dele e tentou de tudo para impedir que ele “sumisse”, chegaram até a ter uma grande discussão alguns minutos antes da primeira viagem dele, ainda lembrava muito bem quais foram as últimas palavras que ouvira dela antes de partir, três palavras simples que fizeram um enorme estrago nele até agora: “Eu te odeio”. E foi dito de forma tão rápido que ela se virou e foi embora antes mesmo de que ele notasse o que havia acontecido, só conseguia lembrar que os dois choravam e que recebera um tapa em sua cara. Desde então eles não haviam trocado uma palavra, seria difícil com ele fora, mas pensou em escrever para ela várias vezes, mas não podia, tinha que se desculpar pessoalmente. Mas isso era até hoje.

        Agora ele estava de volta e era hora de acabar com tudo isso, sentia falta dela, precisava contar tudo o que tinha feito, acontecido, e por essa saudade toda estava em frente à casa dela agora, só precisava atravessar uma rua e andar mais um pouco e finalmente estaria naquela porta que sentiu tanta falta de entrar para encontrar com a pessoa mais importante do mundo para ele, jogar papo fora naquele sofá que sempre sentavam e passavam horas conversando e vendo TV juntos, que também ficava perto da cozinha em que passaram noites e noites inventando receitas malucas, mas que ficavam extremamente deliciosa, mais por terem feito juntos do que por ser boa, como queria tudo aquilo de volta e isso fazia aquela simples rua parecer cada vez maior diante de seus olhos. Precisava ser forte agora, mais do que fora esses meses, mais do teve que ser para partir e deixar tudo isso pra trás. Respirou e atravessou a rua.

        Seu coração batia muito rápido, beirava um ataque cardíaco, estava em frente à porta agora, bastava apenas bater na porta e poderia revê-la. O que será que ela pensaria? Ela ficaria feliz ou simplesmente fecharia a porta na cara dele por não ter mandando noticias? Deveria ter mandado as cartas, ela deve ter ficado bastante sozinha neste tempo todo. Bateu na porta e esperou... Não obteve resposta, deve ter batido muito fraco devido ao nervosismo, tentou bater na porta mais uma vez e aguardou, sentia seu coração bater forte e rápido demais... Silêncio mais uma vez. Afastou-se um pouco da porta para observar a casa, parecia estar vazia, quieta demais, com um ar triste no ar, será que ela estava em casa? Voltou à porta sendo que dessa vez bateu bem mais forte, fazendo o barulho ecoar por toda a casa... Nada. Pensou em desistir, voltar outro dia, mas assim que se virou para ir embora, ouviu o barulho da porta sendo destrancada, rompendo aquele silêncio perturbador. Finalmente ia poder vê-la, sentiu a felicidade invadir seu corpo, porém sentiu a mesma abandonar seu corpo na mesma velocidade assim que viu uma estranha atrás da porta aberta.

        - Boa tarde... – Disse a mulher – Posso saber quem o senhor seria e o que deseja em minha casa?

        - Ah! Desculpe-me pelo incomodo, mas é que eu sou um amigo de Daniela, ela ainda mora aqui?

        - Peço perdão, mas nunca ouvi falar dessa “Daniela”... – Então era tarde demais, não poderia mais encontrar com sua amiga – A não ser que esteja se referindo a antiga dona desta casa – Sentiu a esperança dominar seu corpo novamente.

        - Sim! Refiro-me a antiga dona dessa casa, poderia me informar o novo endereço dela? Preciso muito falar com ela!

        - Senhor... – Disse a mulher com um tom de voz meio triste – Sinto muito, mas tenho que te informar quer essa tal de Daniela já não está mais entre nós... Ela foi encontrada com os pulsos cortados em sua cama há aproximadamente um mês... Segundo o que alguns vizinhos me disseram, ela chegou em casa um dia aos prantos e só a viram novamente quando descobriram que ela estava morta... Acham que ela sofria de depressão... Sinto muito mesmo...

        Pensou em agradecer, mas não conseguia falar nada, apenas conseguiu ver a porta se fechar lentamente diante de si e lembrar-se das últimas palavras que escutara dela, ficando sozinho diante daquela porta.