Estava fora de casa fazia quase três meses, tinha fugido durante um tempo, estava necessitando daquilo, sumir do mundo sem deixar nenhum rastro. Andava muito estressado, a ponto de enlouquecer, tinha tanta coisa acontecendo na sua vida, já tinha perdido o ritmo que as coisas estavam andando. Teve que deixar algumas coisas pra trás, mas a única que verdadeiramente tinha deixado pra trás e se importava com isso era uma pessoa: sua melhor amiga.
Agora ele estava de volta e era hora de acabar com tudo isso, sentia falta dela, precisava contar tudo o que tinha feito, acontecido, e por essa saudade toda estava em frente à casa dela agora, só precisava atravessar uma rua e andar mais um pouco e finalmente estaria naquela porta que sentiu tanta falta de entrar para encontrar com a pessoa mais importante do mundo para ele, jogar papo fora naquele sofá que sempre sentavam e passavam horas conversando e vendo TV juntos, que também ficava perto da cozinha em que passaram noites e noites inventando receitas malucas, mas que ficavam extremamente deliciosa, mais por terem feito juntos do que por ser boa, como queria tudo aquilo de volta e isso fazia aquela simples rua parecer cada vez maior diante de seus olhos. Precisava ser forte agora, mais do que fora esses meses, mais do teve que ser para partir e deixar tudo isso pra trás. Respirou e atravessou a rua.
Seu coração batia muito rápido, beirava um ataque cardíaco, estava em frente à porta agora, bastava apenas bater na porta e poderia revê-la. O que será que ela pensaria? Ela ficaria feliz ou simplesmente fecharia a porta na cara dele por não ter mandando noticias? Deveria ter mandado as cartas, ela deve ter ficado bastante sozinha neste tempo todo. Bateu na porta e esperou... Não obteve resposta, deve ter batido muito fraco devido ao nervosismo, tentou bater na porta mais uma vez e aguardou, sentia seu coração bater forte e rápido demais... Silêncio mais uma vez. Afastou-se um pouco da porta para observar a casa, parecia estar vazia, quieta demais, com um ar triste no ar, será que ela estava em casa? Voltou à porta sendo que dessa vez bateu bem mais forte, fazendo o barulho ecoar por toda a casa... Nada. Pensou em desistir, voltar outro dia, mas assim que se virou para ir embora, ouviu o barulho da porta sendo destrancada, rompendo aquele silêncio perturbador. Finalmente ia poder vê-la, sentiu a felicidade invadir seu corpo, porém sentiu a mesma abandonar seu corpo na mesma velocidade assim que viu uma estranha atrás da porta aberta.
- Boa tarde... – Disse a mulher – Posso saber quem o senhor seria e o que deseja em minha casa?
- Ah! Desculpe-me pelo incomodo, mas é que eu sou um amigo de Daniela, ela ainda mora aqui?
- Peço perdão, mas nunca ouvi falar dessa “Daniela”... – Então era tarde demais, não poderia mais encontrar com sua amiga – A não ser que esteja se referindo a antiga dona desta casa – Sentiu a esperança dominar seu corpo novamente.
- Sim! Refiro-me a antiga dona dessa casa, poderia me informar o novo endereço dela? Preciso muito falar com ela!
- Senhor... – Disse a mulher com um tom de voz meio triste – Sinto muito, mas tenho que te informar quer essa tal de Daniela já não está mais entre nós... Ela foi encontrada com os pulsos cortados em sua cama há aproximadamente um mês... Segundo o que alguns vizinhos me disseram, ela chegou em casa um dia aos prantos e só a viram novamente quando descobriram que ela estava morta... Acham que ela sofria de depressão... Sinto muito mesmo...
Pensou em agradecer, mas não conseguia falar nada, apenas conseguiu ver a porta se fechar lentamente diante de si e lembrar-se das últimas palavras que escutara dela, ficando sozinho diante daquela porta.
Saga, eu já disse minha opinião! Eu achei a história um pouco, um pouquinho, previsível, porem eu gostei do final, abre para imaginação do leitor, acho isso bastante interessante! Uma boa história!
ResponderExcluirCaramba... muito boa, muito boa mesmo! impressionante como as histórias, cada uma delas, tem um pedacinho do autor, não é?
ResponderExcluirParabéns (só podia ser Saga)
sinto muito mas quase nenhuma história minha tem um pedaçinho meu
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